domingo, 2 de outubro de 2011

CHAPINA


Aos leitores. Caso não tenham lido a minha apresentação, não intermediamos negócios, não representamos lojas e/ou armeiros, nem tampouco conheço ou tenho contato com os Chapina. Grato pela compreensão.

A Empresa Irmãos Chapina S/A. Industria Metalúrgica, foi fundada nos anos 60 no município de Itaquaquecetuba/SP.
O carro chefe da empresa eram as carabinas de ferrolho no calibre 32-20 WCF, muito usadas pelas empresas de transporte de valores do período, sendo também o 32-20 o maior calibre permitido no país para uso civil naquele momento de governo militar.
As armas feitas pela Chapina eram de muito bom acabamento, sendo a série inicial de 1.200 carabinas produzidas com canos microraiados. As coronhas podiam ser do tipo Monte Carlo ou ter um orifício para o dedo polegar. No total foram produzidas 6.000 destas armas.
Fala-se que a Chapina teria produzido uma rara versão de tiro único em calibre 30 M1 (.30 carbine), outros dizem que teria um carregador para 15 cartuchos ao invés dos tradicionais 05 do modelo em calibre 32-20. Assim é apresentada em diversos sites internacionais, mas, nunca vi nenhum exemplar e cito mais como curiosidade, pois faltam dados concretos.


carabina Chapina 32-20, excelente arma nacional

A Chapina também fez espingardas e pistolas de ar (os modelos 22, 27, e mod. Hermes, todos em calibre 4,5 mm, algumas para uso de setas e rolhas) fabricadas de 1964 até 1975.

Dentre outras diversificações na linha de produção a Chapina ainda produziu algemas, torneiras de luxo e canos de armas, sendo elogiadas pelo raiamento cuidadoso, principalmente para armas longas nos calibres 44-40, 38-40 e 32-20 (certamente peças de reposição para armas da Winchester, bastante populares em nosso país). Para armas curtas produziram canos para pistolas 6,35 e 7,65mm, inclusive das antigas FN). Ainda se falando em canos, produziam canos para os revólveres da Caramuru (modelo R1, cano octogonal de 5 raias).
Os irmãos Chapina saíram do negócio no início dos anos 1980, tendo vendido o maquinário a um grupo que não continuou a fabricação de seus produtos.